Palestrantes > Profª. Drª. Silvia Colello
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade de São Paulo (1981), mestrado (1990), doutorado (1997) e livre-docência (2015) pela mesma instituição. Fez especialização em Psicomotricidade. Foi professora de Educação Infantil e de Ensino Fundamental. É professora senior vinculada ao programa de Pós- Graduação da Faculdade de Educação da USP nas áreas de Psicologia da Educação e Linguagem. Trabalhou em diversas assessorias para escolas, secretarias de educação e diretorias de ensino, e também coordenou cursos de graduação, extensão e especialização.
Atuou como docente e coordenadora de projetos formação e formação continuada na Redefor e UNIVESP. Como coordenadora do Grupo de Estudos sobre Alfabetização e Letramento – GEAL -,, membro do Núcleo de Pesquisa Novas Arquiteturas Pedagógica e do Centro de Estudos Medievais Oriente Ocidente – CEMOrOc, orienta e desenvolve trabalhos sobre a aprendizagem da língua escrita, práticas de ensino e formação de professores. É autora de diversos artigos, dos livros “Alfabetização em questão” (2004), “A escola que (não) ensina a escrever” (/2012), “A escola e a produção textual – Práticas interativas e tecnológicas” (2017), e coautora de “Alfabetização e letramento: pontos e contrapontos” (2011). Foi organizadora da obra Textos em contextos: reflexões sobre o ensino da língua escrita (2011).
Acesse currículo completo em: http://lattes.cnpq.br/3019567721665790.
Os apelos do nosso mundo indicam que não basta mais saber ler e escrever; é preciso tornar-se um efetivo usuário da escrita. Contrariando este princípio, muitas práticas alfabetizadoras insistem na aprendizagem instrumental, fazendo prevalecer na escola atividades de codificação e decodificação. Por outro lado, as tentativas de transposição pedagógica dos projetos de letramento na escola sofrem distorções. Pautada nesta problemática, a palestra visa analisar os conceitos de alfabetização e letramento, discutindo suas relações e implicações para a prática pedagógica.
Ao repensar o tradicional conceito de alfabetização, a palestra pretende enfocar 10 grandes metas a partir das quais o ensino da língua ganha sentido na escola: a formação do ser social, comunicativo, falante, produtor de texto, leitor, intérprete, revisor, estudante, pensante e pesquisador. Assim, superando a perspectiva mecânica e instrumental da aprendizagem, postula a escrita como eixo privilegiado na edificação do ser humano.
O tema da alfabetização na Educação Infantil sempre foi polêmico porque, se por um lado, alguns educadores defendiam a necessidade de preparar o aluno para a leitura e a escrita já neste segmento, outros insistiam na intervenção de caráter menos diretivo, que explorasse prioritariamente atividades artísticas, sociais e recreativas. Superando a abordagem dicotômica, a compreensão do ensino da língua escrita como inserção do sujeito no universo letrado reconfigura a prática pedagógica na infância, trazendo novos desafios ao educador. A constituição de um ambiente alfabetizador no âmbito escolar justifica-se por modalidades de intervenção que possam, simultaneamente, respeitar a condição sociocultural dos alunos e desafiá-los para a aventura cognitiva de compreender o mundo, ampliando seus recursos comunicativos.
Ao longo da trajetória escolar, muitos alunos aprendem a escrevem, mas têm dificuldades de se expressar. Não raro, eles escrevem, mas deixam de desenhar; escrevem, mas deixam de dizer; escrevem, mas evitam as atividades de leitura e escrita. Defendendo a educação das múltiplas linguagens, a palestra tem como objetivo analisar as relações entre o desenho e a escrita, discutindo as tendências do fracasso e as implicações pedagógicas.
Duração: mínimo de 1:30 h
Partindo do princípio de que a prática pedagógica é tributária de concepções acerca da sociedade, do ser humano e da educação, o objetivo do encontro é situar os fios epistemológico que regem essas relações em diferentes modelos de ensino: empirismo, inatismo e construtivismo. Com base nesse paradigma, a compreensão dos processos cognitivos e dos fatores neles interferentes é o melhor aval para se repensar o papel do professor e os desafios da prática pedagógica construtivista. Afinal, como aproximar os processos de ensino e aprendizagem?
Muito frequentemente as explicações para a indisciplina, a apatia dos alunos e o fracasso escolar recaem sobre a suposta incompetência do professor – seu despreparo ou desmotivação – sem considerar a problemática na sua perspectiva mais ampla. Na tentativa de ampliar a compreensão deste tema, a palestra tem como objetivo analisar as relações entre a formação continuada e a realidade da vida escolar a partir dos seguintes eixos de abordagem: o eu profissional, as condições de trabalho, as relações na escola e a construção da prática pedagógica.
Indiscutivelmente, Emilia Ferreiro e os estudos por ela liderados representaram um divisor de águas no modo como se compreende o processo de alfabetização, as práticas de ensino e o papel do professor. Ao lado das indiscutíveis contribuições teóricas e das relevantes diretrizes para a intervenção pedagógica, persistem ainda dificuldades e resistências para a transposição didática. Por isso, 30 anos após a publicação dos primeiros estudos sobre a psicogênese da língua escrita, vale a pena perguntar; para onde vai o construtivismo no Brasil?
Entendendo a vida escolar como algo que supera a transmissão de conteúdos, a palestra tem como objetivo situar a trajetória da vida estudantil como um longo processo formativo. Neste sentido, vale a pena considerar: como se configura o desafio educacional da escola e quais são os seus desafios? Como explicar os focos de tensão entre a escola e o aluno? O que a escola representa para os estudantes de diferentes faixas etárias e quais as suas perspectivas de trabalho educativo?
Rechaçando as explicações tradicionais e reducionistas sobre os problemas do ensino ou os problemas de aprendizagem, a palestra tem como objetivo analisar a complexidade do fracasso escolar com base nas relações entre o mundo e o aluno, o mundo e a escola, a escola e o aluno. Afinal, qual é a razão que os alunos têm pra aprender? O que a escola deveria ensinar? Como os vínculos dos estudantes com a escola ou com os professores podem afetar o processo de aprendizagem?
A palestra tem como o objetivo situar as dimensões linguística, cognitiva, pedagógica e sociocultural do aprender a ler e escrever. Com base nesta abordagem, pretende-se ampliar a compreensão dos processos de ensino e aprendizagem e dos mecanismos de resistência ao saber e, desta forma, favorecer a reflexão sobre o papel do professor em sala de aula e sobre as diretrizes da ação educativa.
Duração: mínimo de 1:30 h
Partindo da compreensão do “o que se ensina quando se ensina a ler e escrever” e do “como se aprende a ler e escrever”, a palestra visa ampliar o debate sobre as relações entre o ensino e a aprendizagem e, por essa via, situar os desafios da prática pedagógica no contexto da sociedade letrada.
Ao criticar os mecanismos de tensão típicos da relação família e escola e, ainda, defender a educação como um projeto de parceria em longo prazo, a palestra tem por objetivo situar as especificidades dos diferentes momentos da trajetória escolar, discutindo, a partir deles, o papel da família na edificação pedagógica e social de nossas crianças e jovens.
Tomando como base os processos cognitivos relacionados à leitura e produção textual, a palestra visa discutir as práticas do ensino da língua escrita na escola, buscando a relação entre o ensino e a aprendizagem. Afinal, é possível ensinar a ler e escrever na escola?
A palestra tem como objetivo colocar em evidência as dimensões linguística, cognitiva, sociocultural e pedagógica do processo alfabetização a fim de situar a prática pedagógica na Educação Infantil. Afinal, o que ensinamos quando ensinamos a ler e escrever? Como se aprende a ler e escrever? Para que se aprende a ler e escrever? Como se ensina a ler e escrever?
Duração: mínimo de 1:30 hs
Ao descartar explicações reducionistas sobre os problemas de comportamento na escola, a palestra tem como objetivo refletir sobre a indisciplina a partir dos planos conceitual, psicológico, psicossocial e sócio-histórico. Assim, mais do que situar o tema em função das características da adolescência, importa compreender a complexidade de um contexto que favorece focos de tensão e mecanismos de reação na escola. Indiscutivelmente, esse é o melhor caminho na busca de intervenções educativas.
A palestra se propõe a analisar a constituição docente em face das complexas condições profissionais, perspectivas de trabalho, posicionamento pessoal e desafios da prática pedagógica.
Partindo da revisão das concepções de leitura, a palestra tem por objetivo por em evidência as competências vinculadas ao complexo processo de interpretação e construção de sentidos do texto. Nesta perspectiva, coloca em pauta os desafios do educador que, ao longo da trajetória escolar, deve investir no processo de letramento, visando a aprendizagem da leitura e a própria formação do leitor.
Considerando a configuração de um novo mundo, marcado por novos e velhos problemas sociais, a palestra tem como objetivo situar os desafios da prática docente a partir da revisão do papel do conhecimento, da introdução das novas tecnologias no âmbito escolar e dos impasses na relação entre professores e alunos.
Duração: mínimo de 1 hora
A palestra tem como objetivo problematizar as tensões nas relações entre professores e alunos, mostrando seus diversos modos de ocorrência na escola a fim de situar as diretrizes para a superação do problema em diferentes fases da vida estudantil.
Duração: mínimo de 1:30 hs
Considerando a complexidade da educação e os apelos de nosso mundo, a palestra tem como objetivo enfocar as dimensões filosófica, ética, psicossocial, pedagógica, didática, metodológica e profissional da vida escolar para que se possa repensar os desafios dos professores.
Duração: mínimo de 1:30 hs
A aula tem o objetivo de situar, no âmbito dos estudos da Psicologia, três modos de se interpretar as diferenças individuais e culturais, e suas implicações para o processo educativo. Ao aprofundar na abordagem sócio-histórica, é possível compreender as bases culturais da aprendizagem e do desenvolvimento humano, um referencial que amplia o entendimento sobre a realidade das escolas brasileiras. A esse respeito, vale perguntar: como a escola leva em consideração o universo cultural de seus alunos? Como as pessoas aprendem a partir de seu universo cultural?
Duração: mínimo de 1:30 hs
Partindo de uma análise dos movimentos da web na sua relação com as práticas de ensino, a palestra pretende problematizar a apropriação que a escola faz da tecnologia, chamando a atenção para os dois extemos: o risco de um ensino superado e o risco da idolatria à informática. Para complementar, apresenta diretrizes de trabalho e exemplos práticos.
Tempo de duração: mínimo de 1 hora
Partindo da distinção entre conflito e confronto, a palestra tem o objetivo de discutir as relações na escola pela análise dos seguintes focos de tensão:
1º) conflitos do professor;
2º) conflitos professores-escola;
3º) conflitos escola-famílias;
4º) conflitos educadores e alunos;
5º) conflitos professor-alunos;
6º) conflitos entre alunos. Para finalizar, procura apresentar algumas diretrizes de encaminhamento, enfatizando aspectos pontuais corretivos e preventivos.
Tempo de duração: mínimo de 1 hora
A palestra tem como objetivo discutir a complexidade da alfabetização a partir de suas dimensões linguística, sociocultural, cognitiva e pedagógica. Afinal, o que ensinamos quando ensinamos a ler e escrever? Por que e para que ensinamos a ler e escrever? Como se aprende a ler e escrever? Quando e como ensinar a ler e escrever? Com base nestes questionamentos, pretende-se situar não apenas as diretrizes de ensino como também as implicações pedagógicas.
Tempo: mínimo de 1h:30
Com o objetivo de promover o autoconhecimento, tão importante na vida social e profissional dos jovens, a palestra visa apresentar as inteligências múltiplas e discutir os conceitos de inteligência emocional e fluxo. Com base nesses referenciais, promove uma sondagem das inteligências individuais, a partir da qual chama-se a atenção para a complexidade na constituição de cada pessoa e suas implicações para a opção profissional.
Tempo mínimo: 1h:30
A palestra tem como objetivo analisar diferentes planos de organização do ensino, particularmente, no que diz respeito ao planejamento das práticas de alfabetização. Para tanto, coloca em evidência aspectos indissociáveis quem merecem a consideração do professor: conceitual, procedimental, operacional e avaliativo.
Tempo mínimo: 1h
a) Alfabetização e letramento na Educação Infantil e Séries Iniciais;
b) Psicologia da educação para professores: relações educativas, papel do professor, aprendizagem e comportamento na escola;
c) A língua na escola: concepções, processos cognitivos e implicações pedagógicas.
a) Inteligências múltiplas, opção profissional e perspectivas da vida universitária
a) A linguagem na educação de nossos filhos
Em um mundo onde a tecnologia encurtou as distâncias e ampliou os canais de comunicação, a linguagem faz parte de um importante instrumental de emancipação social e sobrevivência. Lamentavelmente, os mesmos recursos que libertam o sujeito podem aprisioná-lo. Por isso, mais do que nunca é preciso investir no desenvolvimento do potencial expressivo de nossos filhos. Ao considerar o desenvolvimento do conjunto das linguagens na infância e adolescência, a palestra pretende chamar a atenção para as várias dimensões desse processo: o dizer e o pensar, o trânsito entre as várias linguagens, a fala como construção de saberes e significados, a palavra no jogo da manipulação.
b) Limites: para onde vai a liberdade de nossos filhos?
Considerada um dos maiores problemas da juventude, a indisciplina é, indiscutivelmente, um desafio para todos aqueles que se preocupam com a educação. Quais os significados dos problemas de comportamento? Como e por que eles aparecem? Impor limites é necessariamente reprimir a liberdade para domesticar o sujeito?
c) Escolaridade em foco
A escola é hoje um referencial indiscutível no projeto de educação de crianças e jovens. Não obstante, a vida escolar de nossos filhos suscita inúmeras indagações, dúvidas e angústias: existe uma escola perfeita? qual o melhor método pedagógico? como escolher a escola? quando e por que mudar de escola? quais as implicações da transferência? qual é o papel da família ao longo da vida estudantil? Na tentativa de favorecer critérios para que os pais possam melhor acompanhar a trajetória escolar de seus filhos, é preciso compreendê-la nos seus múltiplos processos e significados.
d) A trajetória escolar de nossos filhos: processos e significados
A escola é hoje um referencial indiscutível no projeto de educação de crianças e jovens. Não obstante, a vida escolar de nossos filhos suscita inúmeras indagações, dúvidas e angústias: o que a escola representa para eles? Como os jovens estudam? Qual é o papel da família ao longo da vida estudantil? O drama do vestibular, o interesse pela aprendizagem, autonomia para estudar. Na tentativa de favorecer critérios para que os pais possam melhor acompanhar a trajetória escolar de seus filhos, é preciso compreendê-la nos seus múltiplos processos e significados.
Outros temas de palestras:
Alfabetização na Educação Infantil e Ensino Fundamental: da teoria à prática
Ementa:
Considerando os apelos da sociedade globalizada e tecnológica, a complexidade dos processos de ensino-aprendizagem e a diversidade de aportes teóricos sobre o tema, o grupo de estudos “Alfabetização na Educação Infantil e Anos Iniciais: concepções e implicações pedagógicas” configura-se como uma oportunidade de se aprofundar nesse campo de conhecimento, fundamentando professores para a prática pedagógica e, ainda, possibilitando debates sobre os mecanismos do não-aprender.
Objetivos:
A iniciativa tem como objetivo ampliar os conhecimentos sobre a alfabetização e letramento na escola. Para tanto, pretende repensar as concepções de língua, aprofundar a compreensão dos processos de aprendizagem, discutir mecanismos condicionantes do desenvolvimento cognitivo e analisar as implicações pedagógicas para a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Ao compreender as relações entre ensino e aprendizagem, pretende também colocar em evidência os desafios do ensino em face das dificuldades de aprendizagem.
Com base em referenciais construtivista e histórico-cultural, as diversas possibilidades de sutura entre concepções e implicações pedagógicas, tendências de ensino e diretrizes didático-metodológicas, impasses e desafios da pedagogia da língua materna serão objetos de estudo com base em aulas, leituras debates e troca de experiências.
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