Palestrantes > Izabel Petraglia
É diretora do Centro de Estudos e Pesquisas Edgar Morin, no Brasil.
Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, graduação em Psicologia pela Universidade Paulista, mestrado em Educação (Currículo) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo e Pós-doutorado pelo Centro Edgar Morin, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais – EHESS, em Paris, França. Mais de 30 anos de experiência no magistério do Ensino Superior, sendo os últimos 20 na Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação.Tem experiência em Educação Básica e em Gestão Acadêmica, tendo exercido cargos e funções de Diretora de Faculdade de Educação e Ciências Sociais, Coordenadora de Programa de Pós-Graduação em Educação e Diretora de Pesquisa.
Atualmente é diretora e cofundadora do Centro de Estudos e Pesquisas Edgar Morin, no Brasil, onde atua com formação de professores, com vistas à educação humanista e transformadora. É membro da Rede internacional e Comunidade de pesquisadores da Complexidade, membro do comitê científico internacional da Fundação Edgar Morin, da Unesco, em Paris. Em pesquisa em Ciências Humanas e Sociais, dedica-se especialmente aos seguintes temas: Educação e Complexidade em suas interfaces, Inter e transdisciplinaridade, Gestão educacional, Complexidade nas organizações, Mudanças climáticas, Educação para a cultura da paz.
É autora e organizadora de 15 livros, tais como:
Edgar Morin: a educação e a complexidade do ser e do saber (Ed. Vozes, 13ª edição, 2021) e Pensamento Complexo e Educação (Ed. Livraria da Física Editora, 2013).
Escreveu e publicou 39 artigos em Revistas Científicas nacionais e internacionais e 54 capítulos de livros. É conferencista nacional e internacional.
Cidade de Residência: São Paulo – Capital.
Eixo Temático:
Formação de Professores: Educação Humanista, Pacífica, Complexa e Transdisciplinar.
Pensamento Complexo e Educação
Conviver com a incerteza do conhecimento é um dos desafios propostos para aqueles que abraçam o pensamento complexo como horizonte. Este livro proporciona reflexões nessa direção e aposta nas potencialidades criativas e solidárias dos seres humanos para a construção de uma sociedade melhor, mais justa, mais poética. Trata-se de um desafio a enfrentar com ética e esperança, não apena pelos educadores nas escolas, mas por todos os cidadãos que acreditam no potencial humano da educação. Em sete capítulos, escritos de forma clara, direta, autônoma e complementar, Izabel Petraglia contempla inquietações recorrentes e convergentes vividas, sentidas e exercitadas em disciplinas ministradas pela autora em cursos de Pós-graduação em Educação em instituições brasileiras.
A Educação e a Complexidade do Ser e do Saber
Conhecer Edgar Morin é indispensável para todos que trabalham com a Educação. O livro destaca aspectos importantes do seu vasto trabalho, como as questões da vida e da ciência: a complexidade do real e a construção do conhecimento multidimensional; a noção de sujeito e a sua auto-organização reflexiva num contexto de crise mundial, que se coloca como desafio para este milênio. Desta síntese, se impõe a necessidade de unir e não mais isolar ou separar em todas as áreas da ciência e é esta a principal tarefa da educação: promover a religação dos seres e dos saberes para a reintegração planetária.
PETRAGLIA, Izabel. Edgar Morin: a educação e a complexidade do ser e do saber. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2021.
Prosa, Poesia, Saberes e Sabedoria em Tempos de Pandemia: ciências da educação c complexidade
Em tempos de tantas emergências e incertezas, algo nos parece certo e claro: estamos todos imbricados e implicados uns com os outros e com o todo. Tudo faz parte de uma imensa tessitura, no qual um simples ato prudente ou imprudente, afeta a saúde e a economia do planeta inteiro. Destarte, para seduzirmos prosaica e poeticamente, sem olvidar do rigor e olhar científico, esta temática surge, inspirada nos ensinamentos do filósofo, antropólogo e sociólogo francês Edgar Morin e a proposição de aprendizagens instigada na religação de seus saberes e da vivência na pandemia do coronavírus (Sars-cov-2).
Ementa/Objetivos: Temos como objetivo refletir com profissionais da educação sobre os saberes necessários à escola, em tempos de crise e incertezas. Que esses saberes sejam articulados à prática pedagógica transdisciplinar, que leve em conta a pluralidade de ideias, a democracia, o respeito à vida e ao diferente. Que os educadores se sintam comprometidos com a perspectiva ética-política humanista que, considera novas formas de pensar e agir para a construção do conhecimento dialógico e inovador. Que se possa também alimentar e construir esperança e utopia de um mundo melhor e com mais justiça social.
Ementa/Objetivos: Conhecer e discutir a importância dos sete saberes necessários à Educação, elaborados por Edgar Morin, relacionando-os à prática pedagógica na Educação básica e/ou Superior. Esses saberes não são conteúdos programáticos, mas, saberes existenciais que a escola deve levar em conta. Refletir, de que modo é possível implementar no cotidiano educacional, uma educação de qualidade, que considere os desafios da contemporaneidade.
Ementa/Objetivos: Conhecer e distinguir interdisciplinaridade de transdisciplinaridade, a partir dos fundamentos teóricos e práticos-metodológicos. Compreender semelhanças e diferenças, conceitos, definições e exemplos de como podem se realizar na prática pedagógica, com vistas à Educação progressista e humanizadora.
Ementa/Objetivos: Vivemos tempos de incertezas, de crises, de medos e de múltiplas adversidades, seja na Educação, na Política, na Economia, na Cultura. Temos guerras e conflitos geopolíticos (mas não só!) por toda a parte, em um planeta sofrido por uma pandemia recente, guerras em curso, desastres ambientais e ecológicos de toda ordem: inundações, incêndios florestais, terremotos. E aqui, no Brasil, outra guerra, dessa vez entre garimpo ilegal e povos indígenas, especialmente os Yanomami, em Roraima, que ainda contam seus mortos em decorrência da fome, do abandono e de diversas doenças.
De um lado, conflitos pela terra, por dinheiro, poder e dominação, de outro lado, pelo direito ao alimento, à dignidade e à vida. A escola, na atualidade, tem sido a vítima da vez, com recorrentes ataques brutais contra crianças indefesas e professores que persistem na docência como meio de sobrevivência. Por isso, precisamos reformar o pensamento para o complexo, aprender e ensinar uma cultura de solidariedade e Paz, que rejeite toda e qualquer forma de violência e opressão contra os iguais, os diferentes, a natureza.
Manter-se resistente e combatente à violência talvez seja o primeiro passo em direção ao estabelecimento de uma cultura de Paz, que pode ser exercida por meio de uma Educação para a Paz. Uma educação para paz estimula e promove a convivência respeitosa, amorosa e democrática consigo, com o outro e, com o planeta. É ela que regula conflitos de maneira pacífica, por meio do diálogo e, entende o conflito como oportunidade de aprendizagem com o diverso.
Democracia, inclusão, respeito e justiça social são portas de entrada da Paz e inviabilização de uma cultura de violência. Trata-se de uma perspectiva de integrar sociedade, indivíduo e espécie e promover o desenvolvimento de um paradigma de religação de pensamentos e práticas ecologizadas. Entendemos ainda que é urgente a regeneração de ética, ciência e cultura para o bem-viver e a Educação é a brecha de possibilidade para um mundo melhor, mais justo, fraterno e pacífico.
Apresentaremos convergências nos pensamentos dos dois autores, a partir de vida e obra, a atualidade das ideias e de suas contribuições para a Educação de todos os tempos. Serão abordados aspectos pontuais dos dois pensadores, tais como: político-social, amorosidade, consenso e conflito, valores fundamentais, ética e humanismo planetário.